segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Semana de 22/01/24 - LUA CHEIA no eixo Leão-Aquário - As disputas de PODER


Sol e Plutão já estão juntos em Aquário! É tempo de olhar pra frente, pro futuro. Esse é um encontro que marca compreensões mais profundas, experiências intensas que pedem decisões igualmente fortes.

Essa conjunção ocorre muito próxima à Lua Cheia, no dia 25. É importante ficar de olho nos conflitos de poder. Observar a vaidade, o dogmatismo e o orgulho, pra que essas questões do ego não tragam prejuízos. Relações com quem detêm a autoridade e/ou o poder pedem um cuidado especial.

Um pouco antes da Lua cheia, no dia 24, Vênus muda de signo e adota os tons discretos de Capricórnio. Em Capricórnio, ganham destaque a lealdade, a confiança, o amor demonstrado na prática.

Questões de poder e justiça ganham evidência e podem chegar ao clímax. Júpiter desafia Sol, Lua e Plutão, mas se alinha com Saturno: disciplina, sobriedade, profissionalismo, humildade e discrição são bons antídotos pra conter os excessos do período. Flexibilidade também é importante, antídoto pra teimosia e pros radicalismos.

Aspectos positivos já estarão em formação após a Lua cheia: Vênus vai se alinhar com Júpiter, Mercúrio e Marte vão se alinhar com Urano, poderemos avançar se as armadilhas da vaidade forem contornadas. O céu favorece uma atitude mais receptiva, sem forçar o ritmo ou pular etapas.

Criatividade, tecnologia, novidades... a qualquer momento, informações surpreendentes, mudanças de cenário, mudanças de estratégia e de planos podem ocorrer. Ganha quem estiver aberto, oportunidades inesperadas podem surgir. Bora surfar com a vida!

Tô com agenda aberta pra consultas astrológicas. O link com as informações tá aqui.

Boa semana pra todos nós! ⭐️

O SIMBOLISMO DO CAVALO, DO UNICÓRNIO E DO CAVALO ALADO


O Cavalo simboliza liberdade, força e impetuosidade. Nada encarna melhor o espírito de liberdade do que os Cavalos selvagens. 


Nas culturas antigas, o cavalo também simboliza poder pessoal, poder interior. O verdadeiro poder é a sabedoria conquistada durante nossa jornada, pelos caminhos percorridos. 


O Cavalo é detentor do poder tanto na esfera do mundo físico, quanto na da dimensão espiritual. Os índios americanos diziam que roubar cavalos é roubar poder.


É a medicina das Jornadas Xamânicas e do dom da clarividência. Para os xamãs, são considerados veículos seguros para viajar tanto no mundo físico quanto no espiritual. Em praticas xamânicas ao redor do mundo, o Cavalo sempre forneceu o poder para que os xamãs voassem para os mundos sutis. Portanto, está ligado à projeção astral e nos ensina a compartilhar nosso conhecimento no caminho da beleza.


Para os hindus, esse animal está relacionado ao planeta Marte. Nos Vedas (escrituras sagradas) exterioriza o arquétipo de Agni (Deus do Fogo), sendo o fogo um dos elementos mais poderosos da natureza. Agni reje os rituais, as celebrações e as cerimônias sagradas. 


Quando o Cavalo foi domado, a humanidade alavancou sua evolução de uma forma que somente se iguala ao momento em que dominou o fogo. Antes de usarem os Cavalos, os homens tinham que cruzar longas distancias com pesadas cargas. As viagens eram lentas e sacrificantes. Quando montaram no dorso do Cavalo, tornaram-se mais leves e velozes.


A humanidade tem uma dívida com o Cavalo, por tudo que ele possibilitou através de seus serviços junto ao homem. Até os dias de hoje a potência dos veículos automotores é avaliada em “cavalos de força”.


Ele ensina ainda que devemos guardar as lições aprendidas quando cavalgamos com ele, seja no amor, na dor, na alegria e até mesmo na raiva, pois tudo permite um aprendizado.


O cavalo pode ser evocado para cultivarmos liberdade de espírito, para aumentarmos nosso poder interior. Ajuda-nos a tornarmo-nos independentes, sem abusar do poder.



CAVALO ALADO: Simboliza o desejo de elevação, transmutação, beleza, viagem astral, novas aventuras, mistério, fascínio. Pégasus, Com um de seus coices, fez nascer a fonte de Hipocrene, que se acreditava ser a fonte de inspiração dos poetas. Leia sobre o mito de Pegasus aqui.


UNICÓRNIO: Este animal mitológico representa a pureza da alma. Ele está ligado a todos os dons das artes, à mediunidade, à elevação. É a integração divina com o grande espírito do céu e da terra. Seu chifre no meio de sua fronte simboliza a flecha espiritual, o raio solar, a espada de Deus e a revelação divina. 


Os alquimistas viam no unicórnio a imagem do hermafrodita (homem e mulher). Um ser que transcende a própria sexualidade. Na China, o nome do unicórnio é Ki lin, símbolo da mansidão e da boa sorte. Esta designação representa o masculino-feminino, o yin e yang. Leia mais sobre os Unicórnios aqui.


O Unicórnio ou o cavalo alado aparecem em quase todas as culturas, simbolizando as qualidades que o ser humano ainda conquistar: iluminação, sublimação, paz de espírito e imaginação criadora.

As belas ilustrações foram selecionadas do DEVIANTART e estão com os devidos créditos.

domingo, 14 de janeiro de 2024

FINAL DA TEMPORADA DE CAPRICÓRNIO: POTENCIAL PRA REALIZAÇÕES

Nessa semana finalizamos a temporada de Capricórnio. É hora de estruturar metas e projetos, investir nos assuntos profissionais. Quem traz uma ajuda é Mercúrio, que ingressa em Capricórnio e se alinha com Saturno: a mente fica mais objetiva, as ideias e as negociações ganham um tom mais pragmático, visando resultados concretos. Fica mais fácil perceber onde vale a pensa investir os esforços. Saiba mais sobre as qualidades do signo de Capricórnio aqui

Além disso, o Sol se alinha com Netuno, favorecendo a intuição, a percepção das necessidades alheias a conexão com nossos ideais mais elevados. A inspiração deve estar a serviço da realidade. 

A Lua ainda segue na fase nova, vai iniciar a fase crescente na quinta-feira. Mais um motivo pra arregaçarmos as mangas e desenvolvermos os projetos pra que possam trazer os resultados prometidos. A dedicação tem tudo para ser recompensada. Saiba mais sobre as fases da Lua aqui.

Atenção apenas entre os dias 19 e 20, quando Vênus desafia Netuno: cuidado com as famosas “viagens na maionese”, as ilusões no amor, os gastos equivocados, a tendência ao escapismo e à idealização. Os investimentos pedem mais pesquisa e realismo nesses dias.

Entre os dias 20 e 22/01 teremos um encontro poderoso entre Sol e Plutão, que vão ingressar praticamente juntos em Aquário no dia 21. É o anúncio de novos tempos! Muitas pessoas poderão vivenciar experiências intensas que pedem decisões, mudanças, transformações. É importante observar as armadilhas do ego (arrogância, vaidade, etc) pra evitar disputas de poder. Em Aquário, as questões da coletividade e a desigualdade social ganham destaque. Falarei mais sobre isso nos próximos dias.
Aqui um post sobre o ingresso de Plutão em Aquário que escrevi no ano passado.

Um convite: iniciaremos o terceiro módulo do CURSO DE FORMAÇÃO EM ASTROLOGIA: as TÉCNICAS PREDITIVAS . Trânsitos, revolução solar, e progressões secundárias. Astrólogos e estudantes de astrologia que queiram aperfeiçoar essas técnicas estão convidados. Serão 12 aulas online ao vivo comigo, sempre aos sábados. O link com os detalhes tá aqui.

Desejo uma semana produtiva pra todos nós!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O PODER DE MADONA NEGRA


O Princípio Feminino. 
A Mãe Primordial.
A Deusa da Fertilidade.

As Virgens Negras são símbolos do Matriarcado. A cor negra de Madona se deve aos cultos muito antigos, até mesmo pré-históricos, relacionados com a fertilidade e fecundidade da terra, ao escuro da noite, ao útero, à Mãe Terra, à Deusa Mãe. 

Uma das mais antigas estatuetas encontradas representa Madona com seu filho divino, ambos com cabeça de cobra. Sua ligação com os animais era evidente. Em baixos-relevos cravados na rocha ou em pequenas estatuas, Ela aparece cercada de leões, pássaros, serpentes, leopardos, touros e peixes. O Ovo Cósmico, os círculos concêntricos, as imagens de mulheres avantajadas com protuberantes seios, nádegas e barriga, traziam este poder. Nádegas para parir, barriga para gerar e os seios para nutrir.


As antigas imagens das Virgens Negras são registros valiosos de uma época em que a Terra era reverenciada como Mãe e todas as criaturas eram Seus filhos. Já era conhecida, adorada e reverenciada nos cultos célticos e mesmo em cultos anteriores, muito mais antigos. Na Suméria, aparece como Inanna, de dupla personalidade: de dia é a valorosa Senhora das Batalhas, deusa dos Heróis. À noite torna-se a Deusa da fertilidade, dos prazeres e do amor. 

Na Babilônia, Ela é Isthar. Entre os hebreus, é Astarte. Na Frigia, é Cibele. No Egito, é Isis. Na Grécia é a Mãe Animal que, como cabra, porca ou vaca, alimenta o pequenino Zeus. A Deusa de Creta - Deméter - é a Senhora do Mundo Inferior, das profundezas da Terra e da Morte. Seu ventre terreno é o ventre também da fertilidade de onde a vida emana. 

Harmonizar os opostos – vida e morte, masculino e feminino - é a principal Força da Madona Negra. Ela é o Negro da Luz. A cor negra evoca o mistério impenetrável da Fonte Criadora. Ísis e Shekina são cobertas por mantos ou véus pretos, Cibele era venerada como um bloco de pedra preta, Deméter e Athena tinham versões escuras e a belíssima e tocante estátua de Ártemis de Éfeso, a Mãe dos mil seios, era negra. Como doadora da vida, Ela é o útero eterno. Ela é o Orixá Oxum, senhora das águas, que são o sangue da Terra. 


O seu culto foi difundido por todo o Império Romano, associando-se, posteriormente, às imagens marianas do cristianismo. Nos primórdios do da religião cristã, o princípio feminino era representado por Virgens Negras e Brancas e por uma multidão de santas, todas brancas, com exceção de Sara, a Egípcia, padroeira dos ciganos. Na medida da expansão e do fortalecimento da religião cristã, as estátuas de mármore e bronze das deusas pré-cristãs foram destruídas. Seu culto foi perseguido e proibido. 

Porém, em lugares remotos dos países cristianizados, fieis dos antigos cultos preservaram as pequenas estátuas, escondendo-as nas grutas e fendas da terra, em criptas dos templos antigos, perto de fontes e rios e no oco das árvores. Alguns foram encontrados no sul da França, na proximidade dos centros religiosos dos cátaros e templários e nos lugares onde foi preservado o culto da Mãe Divina e de Maria Madalena. 

Em vários locais, as Virgens Negras “apareceram” posteriormente e de maneira milagrosa, encontradas por pessoas humildes, animais ou crianças. Muitas delas foram perdidas ou destruídas por fanáticos e guerras, enquanto sua verdadeira origem e significado estavam sendo esquecidos. No entanto, sua lembrança influenciou gerações posteriores de escultores e artistas religiosos que reproduziram suas imagens, surgindo assim representações mais recentes, com características e trajes cristãos, mas preservando a cor negra. 


No século VII e VIII chegaram na Europa estátuas originais das deusas antigas trazidas do Oriente Médio pelos Cruzados. Na Idade Média os altares dedicados à Virgem Negra na Europa eram os mais procurados e venerados. Não foi possível extinguir da alma popular a veneração milenar de uma Mãe Divina. Seu culto era possuidor de um espírito de sabedoria própria, que não se submetia a nenhuma organização ou lei. 

A partir do século X, o culto das Mães negras se intensificou de tal forma que ultrapassou o do Pai e Seu Filho. Reis, guerreiros, camponeses, mulheres, doentes e peregrinos se ajoelhavam perante as imagens das Virgens milagrosas nas inúmeras igrejas e grutas a Elas dedicadas nos países europeus. Milagres e aparições aconteciam com frequência, principalmente curas de mulheres, enfermos e crianças. A Virgem Negra tornou-se motivo predominante na literatura mística e alquímica dos séculos XII e XIII e o impulso para a construção de inúmeras catedrais, igrejas e permanentes romarias.


Em tentativas equivocadas e sem fundamento para explicar a cor negra das estátuas, alegavam escurecimento pela fumaça das velas ou reações químicas dos pigmentos das tintas. Era necessário ocultar e distorcer o verdadeiro significado da cor negra: atributo milenar da terra, do inconsciente, da fase escura da Lua, do poder misterioso e sagrado da mulher, da sabedoria ancestral que aceitava a morte seguida pelo renascimento, assim com o dia segue à noite. 

O culto da Virgem Negra representava a importante perpetuação do princípio feminino na cultura e religião patriarcal e misógina. Por isso devia ser abolido ou desacreditado. Apesar da oposição dos teólogos cristãos, da perseguição pela Inquisição, da destruição de inúmeras imagens pelos protestantes, revoluções, guerras e reformas políticas, das tentativas de tingir e disfarçar as estátuas de branco, o fenômeno complexo e multifacetado das Virgens Negras persistiu ao longo dos séculos. 

As fogueiras da Inquisição foram seguidas pela frieza da Era da Razão e do materialismo científico, que antagonizava tudo o que era relacionado ao princípio feminino. Porém, no século XIX e XX, aparições marianas reanimaram o culto da Virgem Negra. A necessidade de conciliar religião e sexualidade trouxe de novo os valores telúricos e femininos à consciência coletiva. 


Algumas das Virgens Negras se tornaram símbolos religiosos e mesmo padroeiras nacionais, como a Virgem de Guadalupe, a Madona Negra de Czestochova (Polônia). Na França, em Saintes Marie dela Mer procissões, missas e oferendas no mar reverenciam a negra Sara Kali.


Para nós, é a Padroeira do Brasil - Nossa Senhora Aparecida, descoberta em 1717 no rio Paraíba, em São Paulo. É uma pequena imagem que se apoia numa lua crescente. Nesse lugar hoje existe uma cidade-santuário, que acolhe peregrinos de todo o Brasil e do exterior. 

Apesar da diversidade de aparências, origens e antiguidade, as Virgens Negras evocam as memórias ancestrais da Grande Mãe, da Mãe Terra. Sua antiguidade supera a das religiões e civilizações. Têm um grande poder de cura e transformação, pois possuem o antigo axé das deusas telúricas, as Senhoras da vida, morte e regeneração. 

Ela é a consoladora dos aflitos e dos excluídos. Aparece misteriosamente onde há sofrimento e opressão. Milagrosa, poderosa, misericordiosa, ela traz conforto e alento para todos. Seu coração é imenso como o Cosmo.


A sua aparição em sonhos, visões e terapias das mulheres contemporâneas representa uma mensagem do feminino sagrado e transcendente. Um incentivo para transpormos as pontes que nos afastam e separam e o aviso urgente e premente de reconhecermos o poder sagrado da Terra e da mulher, da diversidade de todas as formas de vida e da necessária inclusão em uma harmoniosa e abrangente parceria. Nossa sobrevivência como Filhos da Terra depende da nossa capacidade de resgatar, honrar e cuidar da Sua luz.

Madona Negra chega até nós nas viagens xamânicas ao som do tambor. No Xamanismo moderno, há uma vivência especial em que vamos ao seu encontro nas meditações. Ela nos abre o coração. Recebemos seu poder de cura, de fertilidade, criatividade, vida e seus ensinamentos, que estão gravados na alma da humanidade e do inconsciente coletivo. 

Salve Madona Negra!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A MISS PIGGY DE CADA SIGNO

 

Com uma rápida pesquisa de imagem, encontrei na net uma Miss Piggy que combina com cada signo. É pra descontrair, espero que gostem! 










domingo, 7 de janeiro de 2024

SEMANA COM LUA NOVA E ASPECTOS PRÓSPEROS NO CÉU!


Antes de completar sua jornada por Sagitário, Mercúrio desafia Netuno: a piração está no ar! Quem aí viveu algum tipo de loucura, engano, situação confusa ou esquecimento nesse final de semana? Esse aspecto tende a se desfazer nos próximos dias, mais ainda é importante redobrar a atenção pra e checar se foi bem compreendido. 

Quanto organização e pés no chão melhor, é tempo de concluir pendências e preparar as próximas metas pra Lua nova de Capricórnio, que chega na manhã do dia 11 (8h57 – horário de Brasília).

Após esse dia as informações tendem a ficar mais claras. O céu começa a trazer aspectos prósperos, com ênfase dos planetas e signos de Terra, favorecendo a produtividade. Excelente período pra semearmos as intenções que queremos ver ver florescer.

Marte segue poderoso também em Capricórnio e se alinha com Saturno em Peixes, favorecendo a determinação, a dedicação e o trabalho bem estruturado, em conexão com nossas inspirações, nossos sonhos e ideais mais elevados. 

Além disso, Marte e Saturno também se alinham Júpiter, que segue em Touro. Um convite pra tirarmos os sonhos do papel, darmos passos importantes pra concretização de projetos. Uma injeção de entusiasmo pra um trabalho mais comprometido, otimista e elevado, com ética e excelência. Em tempos assim, a justiça caminha ao lado dos justos.

Tem mais: Sol e Lua vão se em encontrar em Capricórnio, favorecendo uma postura mais sensata, pragmática e objetiva, alinhados com Urano: pode vir muita coisa boa pra quem estiver aberto pra novidades, tecnologias  colaboração.  

Hora de olhar pra frente pra iluminar novos caminhos! Bora lá? Vamos juntos!

Faço um convite: estamos com as matrículas abertas pro terceiro módulo do nosso curso de formação em Astrologia. Vamos estudar as técnicas preditivas: trânsitos, revolução solar e progressões secundárias. Serão 12 aulas sonline e ao vivo comigo todos os sábados. Que tla? Se sentir o chamado, vem! O link com os detalhes tá aqui.

O SIMBOLISMO DO CISNE - Texto e Ilustrações


Assim que nasceu, Apolo foi levado para o país dos Hiperbóreos num carro puxado por cisnes de uma brancura imaculada. O cisne macho se torna o acompanhante permanente do deus da beleza, da música e da poesia. Da Grécia à Sibéria, da Ásia Menor aos povos eslavos e germânicos, uma vasta mitologia celebra o Cisne, cuja brancura, vivacidade e graça constituem uma verdadeira epifania da luz. 


Mas, assim como existem duas colorações para o cisne, a branca e a negra, a luz também nos é apresentada de duas formas: a do dia, solar e masculina, e a da noite, lunar, oculta e feminina. Na medida em que encarna uma ou outra, o simbolismo da ave de Apolo nos remete a uma ou outra direção. Sintetizando as duas (o que é freqüente) o cisne se torna andrógino e se reveste ainda mais de magia e mistério sagrado.


O cisne é em muitas tradições o símbolo da mulher e da virgem dos céus que em contacto com a terra e com a água dá origem aos seres humanos. Em outras tradições, como na Sibéria, o cisne é masculino e fecundador e por isso saudado com orações pelas mulheres que os avistam no princípio da primavera. 


Ao observá-los na natureza, podemos deduzir muitos significados. São aves intimamente ligadas à água. A água é o símbolo de fluidez, intuição, sonho, emoções, criatividade. Além disso, vive em harmonia entre três dos quatro elementos. Caminhando sobre a terra, voando a grandes alturas no ar e flutuando através das águas com elegância magnífica. 


Uma rápida lista de palavras a que a imagem do cisne nos remete:
Amor
Graça
União
Pureza
Beleza
Sonhos
Balanço
Elegância
Parceria
Transformação


No Oriente, o cisne também é símbolo da música e da poesia, para além de representar a coragem, a nobreza, a prudência e a elegância. Na Índia, o cisne é montado pelo deus Brahma e simboliza a elevação espiritual. Na tradição celta, os espíritos do outro mundo regressam ao mundo dos vivos sob a forma de cisne. São os cisnes também os responsáveis por trazer as crianças ao mundo em muitas tradições. 


Os casais de cisnes simbolizam fidelidade eterna, já que se unem para toda a vida e nunca substituem o companheiro morto. O canto dos cisnes é associado às juras de amor eterno e imortal. Quando o cisne desliza sobre as águas dos nossos sonhos podem trazer mensagens do amor romântico e um lembrete das bênçãos encontradas em nossos relacionamentos.


Os celtas notaram sua natureza transitória em seus padrões de migração. Como animal solar, o cisne representa a glória do surgimento de um novo dia, assim como a despedida de uma fase da vida, com o pôr do sol. Vemos os temas da transformação e da incorporação divinas no mito grego em que Zeus (Júpiter no panteão romano) se transformou em um cisne para saciar sua paixão incontrolável por Leda.


O cisne também simboliza transformação no famoso conto do Patinho Feio, de Hans Christian Andersen. Após crescer sob a discriminação dos patos por ser diferente, o patinho feio e desengonçado se afasta. No final da história vê sua imagem pela primeira vez refletida na água e descobre que tinha se "transformado" em num belíssimo cisne. 


Esse conto nos lembra um potencial inerente de glória, poder e beleza. Nos encoraja a ter fé e perseverança, rumo ao nosso direito inato de felicidade.


O Lago dos Cisnes” é um balé dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky, com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. Conta a história de amor entre um príncipe e uma jovem enfeitiçada.


No baile de aniversário dos seus 21 anos, o príncipe precisa escolher entre as convidadas uma para ser sua noiva. No entanto, ele prefere comemorar com os amigos. Durante uma caçada o príncipe chega a um lago repleto de cisnes e, quando está pronto para atirar, ele vê os pássaros se transformarem em princesas. Elas estão sob um feitiço que só será quebrado quando um jovem lhe jurar fidelidade à meia-noite. Ele se apaixona por uma das jovens, para quem se declara e convida para o baile, para apresentá-la como sua noiva. Mas ela não vai. Desesperado, ele volta ao lago e encontra sua amada. Juntos se jogam no lago e quebram o encanto.


O tempo de vida do cisne é de aproximadamente 25 anos, e segundo a crença popular ele emite um lindo canto ao pressentir a proximidade de sua morte. Foi daí que surgiu a expressão “canto do cisne” como metáfora para as últimas realizações de uma pessoa. 


As ilustrações foram selecionadas do site DEVIANTART e estão devidamente linkadas às páginas de seus respectivos autores. Basta clicar na imagem.

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