segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Brinquedos - ontem, hoje e sempre!

O Dalla Blog é lúdico por natureza e não poderia deixar de participar da blogagem coletiva proposta pelo Murilo no VOU DE COLETIVO. O tema do mês de novembro é BRINQUEDOS: DOS MAIS ANTIGOS AOS MAIS RECENTES.

Minha infância aconteceu num tempo em que não existia TV a cabo, DVD (nem mesmo videocassete), internet, videogames... No interior de Minas Gerais a garotada do bairro tinha liberdade pra brincar na rua, nos terrenos baldios, no campinho de futebol. De tudo um pouco: esconde-esconde, amarelinha, mamãe da rua, queimada, empinar pipa, guerrinha de mamona e outras tantas brincadeiras que hoje se perdem na memória.

Também brincava em muitos quintais: no da minha casa, na casa dos meus que avós que tinha um quintal enorme (um verdadeiro quintal encantado) e na minha primeira escola, por volta dos 6 anos de idade. Adorava subir em árvores! A preferida era a Jabuticabeira, cujos galhos se espalham na medida em que se aproximam da copa. Perfeita pra brincar. Até hoje me lembro de um episódio interessante: havia uma Jabuticabeira no quintal da escola que não conseguia subir, minhas pernas não alcançavam o primeiro vão dos galhos. Outros colegas conseguiam e isso era muito frustrante. Até que numa noite sonhei que conseguia escalar o bendito galho e não deu outra: no dia seguinte fui lá e dei conta do recado. Isso foi mágico!

Brincávamos de pilotar naves nos galhos, sonhávamos com uma casa bem no alto. Durante a temporada das frutas, quando começavam a surgir os primeiros brotos, éramos impedidos de subir nas árvores. Mas valia a pena esperar. Já chupou Jabuticaba no pé? Só de lembrar sinto o gosto doce da Jabuticaba madurinha na boca, o cheiro, a deliciosa sensação de quero mais... Era como se fizesse parte da árvore, tamanha a simbiose.

O grande sonho de ter uma casa na árvore foi esquecido até que vi um post no blog da Fada MorangaFADA MORANGA LOVES TREE HOUSES. Algo bem lá no fundo do meu inconsciente foi despertado. Dicas de livros com fotos incríveis de casas, as mais criativas, malucas e belas possíveis, nem imaginava que existiam. Aliás, o blog da Fada Moranga é o mais lúdico que conheço e comemorou seu aniversário nesses dias com – adivinha? – uma casa na árvore! De fazer qualquer criança interior cantar de felicidade! Parabéns fada, por seu trabalho/brincadeira consistente e bem elaborado. Vida longa ao seu blog!

Este livro que encontrei lá foi encomendado e espero sua chegada. O sonho de infância foi revivido e agora é alimentado com carinho todos os dias. Ainda hei de contruir uma casa na árvore para minhas meditações (e brincadeiras de adulto, por que não?). Enquanto isso, me divirto na Farmville, o joguinho do Facebook. É um prazer ter vários amigos do Dalla Blog como vizinhos por lá. Ao menos virtualmente, o sonho foi realizado: vejam a casa na árvore que conquistei pra minha fazendinha!

Que nossa criança interior seja sempre bem cuidada por todos nós!

27 comentários:

Rosita de Palma disse...

Bom dia Dallas,

Gostei desta postagem, o nosso lado criança, deve ser bem tratado sim, não hà idade para deixar de brincar.

Um abraço!

Anônimo disse...

Lindo amigo!
A gente é quase do mesmo tempo.Rsrsrsr
Bjs.

Cris França disse...

Tenho meu lado Peter Pan, que simplesmente não quer crescer, lindo post meu amigo, adorei! bjs

Cris França disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

perfeito querido ...

"Que nossa criança interior seja sempre bem cuidada por todos nós!"

bjux

;-)

Thalita Godoy disse...

Adorei o post, minha infância foi parecida com a sua, e me orgulho mt disso, hj em dia esta tudo diferente, tivemos sorte....

RENATA CORDEIRO disse...

Bom Dia, querido. Gostei muito é pouco para dizer o alívio que senti. As suas experiências da infância despertaram as minhas. Muito semelhantes, aliás. Sobretudo quanto ao pé de jaboticaba. Um dia comi tantas que fui parar no Pronto-Socorro. Fruta que amo muito. Havia um pé na casa do meu avó, desde o final do século XIX. Lutamos até onde nos foi possível para que não o arrancassem, mas fomos vencidos. O importante disso é que sinto o gosto da fruta agora e isso me alivia da angústia que ainda sinto. Ontem, estava bem. Minha postagem se chama "Tranqüila". Mas imprevistos me perturbaram a ponto de me invadirem o sono e até os sonhos. Preciso da sua visita hoje.
Beijos,
Renata

Tania Resende disse...

Oi, Marcelo:

Adorei o texto! Me senti em casa e com imensa saudade dos briquedos de antigamente.... mas nem tão antigos assim!

Sinto a criançada hoje não ter as opões que tivemos, pois com certeza éramos envolvidos em maior criatividade e nos uníamos por "tão pouco"!!!!

Mas, enfim, vamos seguindo as tendências,...mas valeria mesmo um movimento de retomada das cosntruções das brincadeiras não eletrônicas!!!

Luz e Paz,

Tania Resende

Kyria disse...

Leve, relaxante, revigorante este post para o iniciozinho da semana. Também vivi esta infância querida brincando de fazer represas de barro, quando chovia. Colecionando bolas de gude,falando em telefones sem fio feitos de latinha, patinete, velocípede. Aliás, um excelente passeio em BH é no Museu dos brinquedos, adoro! Bjs

Unknown disse...

Meu querido amigo,
Veja que exemplo mais doce, perfeito, lindo e verdadeiro... crianças, são iguais no mundo inteiro... Por isto que temos que buscar a igualdade, por tanto sermos diferentes, mas a criança não, são iguais, puras na sua inocência, com os mesmo desejos de alegria, do viver em toda a sua essencia... Você Celito, me fez acordar do incrível sonho como criança que já fui(e permaneço) nos desejos daquela casinha na copa da arvore, alí encaixadinha, recanto bonito e nobre, nas altitudes, mais perto do céu, no bairro da esperança pelos verdes que queremos verde... Eu, que sempre fui uma grande moleca, não ligava para as bonecas, mas para as escaladas, que me afigurassem a subida, a vontade de lá no alto estar, subindo com as raízes, na conservação da vida e como vida voar...
Qtas jabuticabas não já chupei no pé, como outras frutas mais, no simples prazer de saborear, eu Livinha, sempre lá... O sonho não acaba, a gente simplesmente acorda e deixa de sonhar, mas a casa ela está lá, naquele galho mais alto, só não podemos alcançar... E por que não persistir nele? Lindo Celito, construa, todas as casas que desejar e quando um dia outros rebentos chegar, faça mais uma, com ponte a ligar... tão divertido tudo isto, eis a infancia, as mais belas, a infancia que vivemos. Esta campanha é excelente, vez que a crianças de hoje, de repente, não aprenderam a brincar... os eletrônicos fazem por eles, acobertando uma vida sedentária... Paciência...
Viajei... sorrir neste instante e ao mesmo tempo chorei, por um tempo que não volta mais... mas os netos estão aí, um dia a despontar, quem sabe, ainda não tenha tempo de um dia vir com eles a brincar... não quero utilizar da palavra futuro, porque fica parecendo longiquo e eu, tenho pressa, muita pressa de brincar...
Um grande beijo e mais uma vez parabéns pelas viagens que nos promove, de passagem gratuita, sorriso convidativo e uma dose de aquecimento n'alma, me tornando a ti, gratificada...

Grde beijo em teu lindo coração...
Livinha

Ps: Difícil não deixar na tua telinha, uma cartinha, o bilhete é apenas um envelope, onde se grafa o endereço pro carteiro fazer chegar...

Helena Rocha disse...

adoreiii seu post.
bjússss

Lena

Unknown disse...

Marcelo,

Simplesmente notável, este seu artigo.De capacidade de sonhar. De nos dar encantamento. De nos fazer viver. De relembrar coisas boas.

Adorei, viu?

Parabéns.

Abraço.

claudia candelot disse...

Adorei o texto, Marcelo!
Assim como você, eu e meus irmãos tivemos uma infância maravilhosa, recheada de jogos e brincadeiras. Íamos à praia - morávamos em frente a uma delas, aqui no Rio -, subíamos em morros, andávamos de patins e bicicletas pelas ruas, brincávamos de pique-esconde... Uma delícia! Fico triste pelos meus filhos, que não tiveram a metade do que tivemos, em termos de atividades lúdicas. Fruto do progresso, talvez. Uma pena...
Beijo!

Fada Moranga disse...

Marcelo, que bonito texto!

A minha mãe viveu uma infância assim, no campo, a subir às arvores e comer fruta até fartar... Eu nunca subi a uma àrvore, e ficar lá em cima a comer fruta é um sonho! É possível que esse sonho se realize. É preciso é um bocadinho de paciência. :-P

A Fada Moranga e o seu blog têm sido uma reanimação da minha criança interior. Está aqui bem vivinha! :-)))

Um grande bem haja por me incluir nest post tão bonito e verde... E cheio de esperança!

Beijos**deFada

Fada Moranga disse...

PS: Ainda não somos vizinhos agricultores! Vou ver por onde anda a sua quinta... :-)*

angela disse...

Marcelo
Bonito texto que começa falando do passado e chega no presente brincando.
Gostei muito e quando tiver sua casa na árvore me convide que eu vou adorar. (acho que ainda dou conta de subir em uma...rs)
beijos

MARCELO DALLA disse...

Ebaaaa!!!! Quantos comentários maravilhosos!!!

@ Rosita: já lhe disse que sou fascinado por seu país, um dia quero conhecer. Deve ter brincado em muitas árvores quando criança...

@ Fátima: somos da mesma geração e do mesmo estado, Minas Gerais, que eu amo!

@ Cris: somos 2, acho q é por isso que sinto tanta sintonia com seus posts...

@ Paulo: a julgar pelo seu fantástico senso de humor, você cuida muito bem da sua criança! :)

@ Thalita: realmente, tivemos uma infância abençoada!

@ Renanta querida: adoro seus coments, vou correndo lá te visitar.

@ Tânia: concordo contigo, sabe que eu e uns amigos já pensamos em produzir uma série de programas sobre esses jogos? Me deste um incentivo!

@ Kyria: também brinquei de tudo isso. Coisa boa, não? Adorei a dica do passeio, quando for pra BH quero visitar.

@ Livinha: sempre com suas lindas cartas. Seus comentários transpiram generosidade. Amo!!!

@ Helena: Muito grato, querida. Volte sempre!

@ Antonio: que coisa boa! Acho que é isso que precisamos sempre, não? Enacantar-nos com a vida e sonhar!

@ Claudia: e você ainda teve a praia... que maravilha!!!!

@ Fada: Dá pra notar que sua crinça interior é maravilhosa. Nunca é tarde, minha querida, pra subir numa árvore. Vou adorar te ter como vizinha na Farm.

@ Angela: pode deixar que eu te convido sim. Construirei uma casa com boas escadinhas, pra não termos dificuldades! rsrsrs

Bjos, abraços e como diz a Fada Moranga: bem haja!!!

RENATA CORDEIRO disse...

Oi, meu anjo!
Muito obrigada pela visita. Eu me recupero rápido. Várias vezes, tentei adicioná-lo no Twitter, mas não vai. Não sei o que é.
Outro dia, volto e lhe conto algo importante.
Beijos e ótima noite,
Renata

MARCELO DALLA disse...

Oi Renata! Que estranho, pq será? Qual o seu username? Me diga que eu tento daqui.
bjosss

Paula Mello disse...

Marcelo, esta história de casa na árvore é mesmo demais, não? Acho que todo adulto um dia já sonhou em ter o seu cantinho mágico, pena que esse sonho sempre fica pra trás...
Eu tento dar aos meus filhos um pouco do que tive. Se hoje eles não podem mais brincar na rua, como eu fazia - andava de bicicleta pelo bairro todo, a tarde inteira!! - no meu quintal eles têm o espaço necessário para soltar a imaginação...O duro é a concorrência, video game, tv a cabo, dvd e internet!! A jabuticabeira ainda está crescendo, espero daqui há alguns anos ainda ter pernas para subir nela e comer umas boas jabuts...Assim como laranjas, pêssegos, amoras, mexerica,uva,pitanga...Hummm...Tenho tudo isso aqui, e muito mais, a lista é grande hahaha!! Sempre penso nesse pomar meu como um filho, que cresce aos poucos...
Uma semana iluminada!

Ypsilon Yvone disse...

Ah mas eu adorei saber da sua infância. Enquanto leio o seu blog sorrio e decido, sim, ir ao encontro de alguns momentos nostálgicos.
Fecho meus olhos e deixo as lembranças chegarem devagarzinho... Uma por uma...

Penso que são memórias guardadas em caixinhas, bem recolhidas das nossas vidas, assim, meio como mágicas, por vezes gritam para que as visitemos.

O doce som dos balanços da pracinha de brinquedos, das gangorras, estes são, sem dúvida, lugares perdidos e reencontrados no tempo, onde descobri a arte de sonhar...
Amei a delicadeza das suas palavras ao falar da sua infância.
Bjus boa semana

Ypsilon Yvone disse...

ah, quero uma antena dessas lá pra minha casa no mato!!!! Urgente!
lindo!

MARCELO DALLA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RENATA CORDEIRO disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Tina disse...

Eu sou uma eterna criança,já nasci fazendo bagunça,minha irmã nasceu e 5 minutos depois eu vim, fazendo a primeira brincadeira:fiz xixi na enfermeira!kkkk
Depois, eu era hiperativa,mandona,lider e muito engraçada e louca...Passei uma infancia com patins, bonecas, bicicleta e velejava com 14 anos no meio da tempestade...É verdade, eu ia para a praia com um amigo num Hobcat 16 e colocávamos o trapézio [um tipo de gancho que se agarra no mastro] e saíamos voando no vento sudoeste!!O vento era tão forte que por 2 vezes voltei com a guarda costeira, na outra vez o mastro quebrou ao meio e ficamos à deriva...Aonde estava minha mãe,eu não sei..kkkkkk Fiz muita bagunça na escola, vivia na direção,só podia sair da escola se minha mãe buscasse,então cresci e continuei fazendo bagunça na faculdade...Uma vez me vesti de "pomba-gira" pq eu tinha uma prof de portugues que era ex-freira...hhhhheheehehh...Não é que ela me amava de paixão!Pura magia ...hehehhehe [brincadeira]
Ficaria horas contando as minhas bagunças!
Mas não posso esquecer da minha Susi e do meu feijãozinho e Tostaozinho,também adora boneca de papel que a gente mudava a roupa e de cantar "eu com as quatro"...AHHH,Meus patins de bota branca também...
bjos

MARCELO DALLA disse...

Tina querida!!!! Que gostoso relembrar não? Adorei poder estimular todas essas memórias...
bjos querida

gentil carioca disse...

Olá! Gostei tanto que entrei na brincadeira.
Valeu a dica.

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