segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Revoltada (parte II)

(Lá pelo meio do espetáculo, durante o black out entre uma cena e outra, ouve-se de novo murmúrios)


Atriz 1 – Vem cá, tive uma idéia, já sei o que eu vou fazer!

Atriz 2 – Ai, minha amiga, não desistiu ainda desse rancor? Isso só arrasta a vida pra trás... desencana, abstraia!

Atriz 1 – Capaz! Você vai ver, eu vou lá no porão desligar o disjuntor e acabar com a festa dessa cambada.

Atriz 2 – Psssss, fala baixo!!! Ihhhh! Eu não quero nem saber, não tenho nada com isso, hein?

Atriz 1 – Tem sim, você vai me ajudar. Você vai lá comigo, porque eu morro de medo de entrar em porão.

Atriz 2 – Tá louca? Eu não vou te ajudar nesse plano do mal não senhora!

Atriz 1 – Eu tô louca sim!!! Tô louca de ódio. Você vai lá comigo sabe por quê? Porque senão eu conto pro seu namorado que eu te vi beijando na boca do … (ator galã do espetáculo).

Atriz 2 – Só essa que me faltava, que traíra você não? Com amiga assim, quem precisa de inimiga?

Atriz 1 – Assunto encerrado. E fica olhando só pra você ver o que eu aprontei pra essa cena. Fica olhando, fica!


(As luzes se acendem para a próxima cena, uma casca de banana aparece bem no meio do palco. Para a frustração da revoltada, atores desviam da casca e nada acontece)


Cena da comédia "CABARÉ DO RISO", encenada pelo grupo teatral Usina de Anjos no Teatro Santa Cecília (Itajubá - MG) no ano de 2006


(continua...)

(Leia Parte I aqui)

7 comentários:

Unknown disse...

Muito engraçado. É uma peça sua, Marcelo? Abraço.

MARCELO DALLA disse...

É minha sim, Antônio. Acha q devia dizer no post? Penso que fica implícito isso, já que dou crédito quando o texto é de outro autor...
Pra começarmos a semana de bom humor! (Adorei seu conto de hoje)
abraço

Unknown disse...

Eis mais um ítem do orgulhoso,
vingativo, extremista em desalinho,
quardador de um rancor tenebroso,
as voltas de toda maldade, espinhos...

Orbita num mundo negativo
de egoismo e caprichos,
chantagem é sua forma de poder,
desconhece a ação, porque trás consigo reação de desequilíbrio improdutivo...

Não há bem que sempre dure,
como não a mal que nunca acabe,
o fim.....

Bom deixa pra lá, veremos o 3º ato...
Vou buscar pipocas, enquanto aguardo..
Hummmm vai uma pipoquinha aí Marcelo rsrss


Bjss

MARCELO DALLA disse...

Livinha querida, fico encantado ao ver como as palavras fluem de vc, em forma de poesia espontânea. Adoro!
Aceito a pipoquinha!!!!
bjos

Unknown disse...

Celito meu querido,
o espontâneo entra no seu carango
e pisa com mais de 100
é quando as palavras se entreten..
você é espontâneo e criativo tbém.
Doravante penso, que nem seja mérido nosso ou propriamente meu,
mas de Deus, por impréstimo ao qual devemos abraçar a causa.
Por isto te digo, que as palavras
é que são bacanas, faz o giro, desenrosca e pulam fora dessa minha mente insana....

Admiro você muiiiito e é merecido o espaço que defendes com tanta dedicação...

Grde beijo,
vou lá comer mais pipocas, topas?

Anônimo disse...

Mulher é um serzinho tão complicado não é mesmo?!
bjs querido.

MARCELO DALLA disse...

Tb acho, Fátima. Mas o ser humano de uma maneira geral é complicante-complicado.
E risível tb. rsrsrsrs
bjosssssss

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