ARTE SERVE PRA QUÊ?

Ilustração digital de uma estrada sinuosa à beira-mar sob um céu azul claro com formas geométricas e postes de energia, por Marcelo Dalla.

Cresci ouvindo absurdos como “arte é coisa de vagabundo”, “arte não dá dinheiro”, “artista é gente louca”. Não era o pensamento da minha família, mas de figuras de autoridade que exaltavam apenas o lado lógico, competitivo, tão associado a um masculino distorcido que mede valor pelo poder de compra. Ao longo da história, esse viés sufocou o feminino — sensível, intuitivo, criativo — justamente o canal que nos conecta ao mistério, à transcendência, ao encantamento que colore a existência.

Hoje, numa era que clama pelo resgate do Sagrado Feminino, percebo como uma simples prática artística — pintar, cantar, escrever, dançar — pode expandir a consciência, curar feridas, devolver sentido. Imagine um mundo sem arte: silencioso, robótico, sem cor nem comunicação profunda. A arte questiona, incomoda, embeleza, provoca, amplia horizontes. Ela mexe conosco de todas as maneiras possíveis porque fala a língua das emoções e dos símbolos. 

Ilustração digital de estrada ao entardecer com céu vibrante em tons de azul, roxo e rosa, linhas de energia e horizonte marinho, por Marcelo Dalla.

Pergunto de novo: arte serve pra quê? Serve pra tudo o que importa. Serve pra nos lembrar de que somos humanos, não máquinas; para dissolver fronteiras internas; para revelar beleza onde só havia rotina. Se todos cultivassem um passatempo artístico, teríamos mais empatia, menos violência, mais diálogo — em casa, nas escolas, nos negócios. Arte é alimento da alma. E, como estrada, ela nos conduz a destinos que a razão, sozinha, jamais alcança.

No meu mapa natal, tenho Saturno e Quíron conjuntos em Peixes na casa 4 — e isso fala muito. A arte, pra mim, é cura. É raiz, é templo, é casa interior. Mais do que expressão, é um caminho essencial do meu trabalho no mundo.

Ilustração digital de estrada entre campos verdes sob céu laranja e roxo, com postes de energia inclinados e perspectiva ondulante, por Marcelo Dalla.

As três ilustrações que acompanham este texto fazem parte de um trio autoral meu. Quem quiser ver mais, está tudo reunido no meu álbum de pôsteres no Facebook. E se quiser encomendar alguma arte em alta resolução para imprimir e emoldurar, é só deixar um comentário por lá.

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