COMO ME TORNEI ASTRÓLOGO

Quero compartilhar como comecei a trabalhar com astrologia. Como dizia Carlos Castañeda: “O mundo que nos cerca é oracular: fatos concretos confirmam ou advertem.” E foi justamente assim — cercado de sincronicidades mágicas — que fui encaminhado para esse caminho.

Sempre tive uma curiosidade natural por astrologia. Já na época do cursinho e da faculdade aprendi a calcular e desenhar mapas astrol+ogicos, estudava o assunto de forma informal. Cheguei a analisar alguns mapas de colegas, mas meu conhecimento ainda era superficial. Estudei comunicação na USP e a astrologia ficou de lado por um tempo. Até que, depois de uma crise profissional, em 2005, voltei a me conectar mais profundamente com o tema. Frequenteir um curso de astrologia na Clínica Antroposófica Sapientum (hoje já extinta), ministrado pela astróloga Débora Mattos.

Uma proposta inesperada

Naquela época, além de estudar astrologia, também me tratava energeticamente e mergulhava em outras terapias complementares, como Reiki, Florais e Magnified Healing. Até que, em maio de 2006, recebi um telefonema inesperado do jornalista Fábio Santos — um ex-colega da faculdade que eu não via há anos. Ele me contou que seria diretor de redação de um novo jornal que estava prestes a ser lançado (o jornal Destak) e me perguntou, direto ao ponto:

— “Você gostaria de assinar a coluna de horóscopo?”

Fiquei surpreso. Não me sentia preparado para tal. Ele se lembrava de quando eu fazia mapas na faculdade (coisa da qual nem eu me lembrava direito) e disse que queria um nome novo para a coluna, que meu texto era leve e que minha linguagem seria ideal para se comunicar com o público.

Uma escolha com propósito

Pedi um tempo para pensar. Liguei imediatamente para uma grande amiga em busca de conselho. Ela era médica da clínica que eu frequentava, geminiana como eu. Sua resposta foi firme e direta:
— “Você vai perder a chance de dizer coisas boas para um grande número de pessoas? Essa é sua missão!”

A pergunta ecoou forte. Refleti sobre o sentido de escrever horóscopos. Cheguei à conclusão de que, no mínimo, um texto astrológico deve conter mensagens de estímulo, consciência e positividade. Mesmo em poucas palavras (e na medida do possível), ele pode inspirar o leitor a pensar, refletir sobre a vida, abrir os olhos e o coração, e talvez se identificar com caminhos para lidar com os desafios do cotidiano.

O mergulho definitivo

Depois disso, aceitei o convite — e mergulhei de vez na astrologia. Comprei novos livros, estudei o céu diariamente. Naquela época, 2006, eu ainda não tinha blog nem Facebook. Comecei enviando e-mails com boletins astrológicos para amigos, sempre que identificava uma configuração celeste especial. Em uma dessas ocasiões, cheguei a sugerir um café da manhã com um pequeno ritual para ativar energias de prosperidade e abundância — afinal, é isso que todos buscamos, de um jeito ou de outro.

O segundo grande sinal do Universo

Pois bem, preparei um e-mail com uma pequena análise daquele momento e uma sugestão de ritual. Enviei para alguns amigos. E não é que essa mensagem foi parar na produção da Ana Maria Braga? Ela realizou o ritual em seu programa da Globo, o Mais Você — mais precisamente no dia 11/10/2006. Minha irmã assistiu e me ligou contando: — “A Ana Maria Braga falou de você hoje no programa!”

Imaginem a minha surpresa!

Na semana seguinte, telefonei para a produção do programa. Queria agradecer e deixar meus contatos. Mais uma surpresa: quem atendeu o telefone foi outra ex-colega da faculdade que eu não via há anos. Ela estava trabalhando lá e foi muito simpática. Me apresentou para a chefe de pauta do programa. Pronto! No dia seguinte (17/10/2006), lá estava eu, “caindo de paraquedas” no programa da Ana Maria Braga, falando ao vivo sobre astrologia e Era de Aquário.

Até então, eu não atendia consultas — só escrevia a coluna. Mas a partir daquele momento, comecei a receber ligações de norte a sul do Brasil, pessoas querendo marcar horário comigo.

Um caminho que continua a se desdobrar

De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Em 2008, criei este blog, que já chegou a ter mais de 150 mil visitas por dia. Através dele, conheci o astrólogo português António Rosa e seu blog Cova do Urso, que se tornou uma referência para mim — além de um grande amigo. Aos poucos, fiz amizades e conquistei clientes em Portugal, país que passei a visitar com frequência para atender consultas e oferecer cursos.

Em 2007 conheci a Umbanda e me especializei em ASTROLOGIA CÁRMICA. Também comecei a viajar pelo Brasil com o mesmo propósito: dei aulas, palestras e atendi em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, além de diversas cidades do interior. Assim, a astrologia se consolidou como meu caminho de vida — e minha missão.

Em 2012, fui convidado a assinar a coluna de horóscopo do Portal UOL, o que ampliou ainda mais meu alcance e reconhecimento nacional. Escrevi por lá até 2018, quando inaugurei a primeira turma do meu curso de formação em astrologia. Desde então, já formei diversas turmas — e agora estou com a sétima em andamento!

Contei tudo isso para mostrar como a Suprema Inteligência do Universo se encarrega de nos mostrar o caminho. Às vezes, as respostas simplesmente caem na nossa cabeça. Como é que ainda tem gente que não acredita na orquestração perfeita e mágica da VIDA? Bem... tirem vocês suas próprias conclusões.

Hoje, 20 anos depois, sei que me tornei astrólogo não apenas por formação ou escolha profissional, mas por vocação de alma. A astrologia me escolheu tanto quanto eu a escolhi. Ela se tornou uma lente para enxergar a vida com mais significado, uma ponte entre o céu e a terra — e, principalmente, uma ferramenta de cura e autoconhecimento.

Conheça meu livro sobre Quíron

Nesse tempo, realizei milhares de atendimentos, escrevi livros, desenvolvi o Relatório Astrológico Vocacional e aprofundei minha abordagem na astrologia cármica e esotérica. Mas continuo aprendendo, observando os ciclos celestes e me transformando junto com eles.

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