Curioso, Zé foi até o lugar onde a luz pousara. Chegando lá, viu marcas redondas no chão e, no centro delas, uma geringonça brilhante, pequena e esquisita — claramente “coisa dôto mundo”. Sem pensar duas vezes, olhou em volta, enfiou o objeto debaixo da camisa e desceu a colina em direção à sua casa, tentando esconder o “achado” dos olhares curiosos que nem estavam lá.
Já no barraco, trancou a porta, abriu a camisa e pôs o objeto sobre a mesa. Observou a engenhoca: era metálica, com luzes que pulsavam em cores que ele nunca vira, misto de verde profundo e azul líquido. No centro, um botão gravado com sinais indecifráveis.
Zé coçou a cabeça. Apertava ou não apertava?
Suspense. Pensou que aquele botão talvez fosse perigoso, mas também pensou: “Se tá aqui, deve ser pra apertar, né?”
Com um sorriso, ele se decidiu. Esticou o dedo e apertou.
O mundo explodiu em luzes. A cozinha virou um turbilhão de cores e, num sopro, Zé desapareceu. Ninguém jamais soube se ele foi teletransportado para outra galáxia ou se simplesmente se desfez no ar. Naquela tarde, Zé e o mistério sumiram do mundo para sempre. Só restaram o silêncio, o cheiro de ferro queimado — e o botão piscando sozinho, como se aguardasse o próximo.
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