Quem Está Escolhendo por Você? A Raiz da Autossabotagem e o Caminho da Cura

Mandala digital em tons de azul claro e branco, com padrões simétricos e etéreos irradiando luz suave a partir do centro, simbolizando presença, expansão da consciência e clareza espiritual.

Quem está escolhendo por você?

Você já se perguntou por que certos objetivos que deseja com clareza simplesmente não se realizam? Mesmo quando há esforço, intenção e vontade, algo parece travar. A pergunta é: se você quer conscientemente uma coisa e não consegue realizá-la... quem ou o quê está escolhendo por você?

Na maioria das vezes, o que opera nos bastidores é a autossabotagem — esse mecanismo sutil, mas poderoso, que age contra nossos próprios interesses. Desejamos mudar, crescer, evoluir... mas inconscientemente repetimos padrões, criamos obstáculos ou nos envolvemos em situações que nos afastam do que realmente queremos viver.

O sabotador interno não é um inimigo. É um conjunto de forças psíquicas que se formaram ao longo da vida: crenças limitantes, mágoas não resolvidas, experiências traumáticas, lealdades invisíveis e narrativas herdadas. Ele representa a parte de nós que ainda está presa ao passado, que resiste à mudança por medo, por dor ou por falta de referência de algo melhor.

Enquanto esse conteúdo inconsciente estiver no comando, não é a sua vontade que decide. São as estruturas internas que reproduzem o conhecido — mesmo que isso envolva sofrimento. E assim, sem perceber, você continua escolhendo o que não quer viver.

A boa notícia: existe antídoto.

E esse antídoto se chama Luz — consciência, clareza, presença. Quando iluminamos o que estava inconsciente, resgatamos nosso poder de escolha. Identificar o sabotador é apenas o começo. É preciso também escutá-lo, compreendê-lo e, com firmeza e presença, escolher algo novo.

Esse processo é profundo, mas acessível. E há muitos caminhos possíveis.
A astrologia é uma dessas chaves — uma ferramenta valiosa de reconhecimento dos padrões, dons e desafios da alma. Mas ela não atua sozinha. Caminhos como meditação, terapias integrativas, técnicas de respiração, constelações, florais, arte, corpo e movimento também colaboram na liberação do que aprisiona.

O que importa é manter a mente aberta e o espírito disposto a aprender, sempre. O blog é um espaço criado para isso: reunir saberes, práticas e inspirações para quem está nessa jornada de cura e expansão. Escolher com lucidez é um ato espiritual — e a realidade que você deseja começa a se formar quando sua vontade se alinha com a sua consciência.

A armadilha da identificação com a mente

Grande parte dos bloqueios que enfrentamos — sejam padrões repetitivos, traumas, reações desproporcionais ou limitações internas — têm uma raiz comum: a identificação com a mente e seus conteúdos condicionados.

Quanto mais identificados estamos com nossos pensamentos, crenças e narrativas internas, menor é a consciência e maior é a reatividade. A mente, quando não observada, opera no piloto automático. Um pensamento dispara uma emoção, que dispara uma reação. E assim seguimos, presos em ciclos que nos mantêm reféns do passado e do medo.

A verdadeira transformação começa quando aprendemos a observar sem nos fundir. Esse é o primeiro movimento da cura: perceber que não somos os pensamentos, nem as emoções, nem as histórias que contamos a nós mesmos. Ampliar a consciência é, essencialmente, desidentificar-se do ego inferior.

Esse ensinamento está presente em todas as tradições espirituais sérias. Os mestres apontam que, enquanto estivermos hipnotizados pelo fluxo mental, não conseguiremos ver além do mundo ilusório criado por ele — e todos os problemas continuarão se repetindo sob novas formas.

Por isso, meditar não é um luxo, é uma necessidade.

A meditação nos treina a estar no centro, no espaço de consciência que observa, mas não se confunde com o conteúdo. É ali que começa a verdadeira liberdade.

Prática de Presença

Sente-se de forma confortável. Não precisa ser na posição de lótus — basta manter a coluna ereta. Feche os olhos ou mantenha-os semicerrados, como preferir. Respire de forma natural, sem esforço, apenas observando o fluxo da respiração entrando e saindo.

Desligue-se do passado e do futuro. Traga sua atenção para o aqui e agora.
Só isso. Estar presente. Sentir-se inteiro.
Meditar começa assim — simples, mas profundamente transformador.

Quando estamos verdadeiramente presentes em nós mesmos, acessamos a presença do Todo.
O Todo é Inteiro — e quando também estamos inteiros, entramos em ressonância com Ele. Nesse estado, nosso poder interior é amplificado, porque já não há divisão.

Este é o princípio essencial: a presença é o portal para a verdadeira criação.

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