FERNANDO PESSOA - ASTRÓLOGO & POETA

Retrato de Fernando Pessoa em estilo clássico, com fundo estrelado e círculos concêntricos dourados sugerindo uma mandala astrológica.

Pouca gente sabe, mas Fernando Pessoa, além de um dos maiores escritores da língua portuguesa, também era um profundo estudioso da astrologia. Seu fascínio pelo ocultismo o levou a estudar mapas astrais, trocar correspondência com outros astrólogos e aplicar técnicas sofisticadas com impressionante domínio. Sua produção astrológica é vasta, e revela um lado pouco conhecido de sua genialidade.

Um dos livros mais importantes sobre esse aspecto de sua vida é Fernando Pessoa – Cartas Astrológicas, de Paulo Cardoso e Jerónimo Pizarro (ed. Bertrand). A obra explora como a astrologia se manifesta em seus escritos e como ele utilizava essa linguagem simbólica para compreender personalidades históricas, o destino de Portugal e até mesmo a natureza de seus heterônimos.

Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888 e faleceu em 30 de novembro de 1935. Era geminiano com Ascendente em Escorpião e Lua em Leão, tendo quatro planetas na casa 8 e uma conjunção entre Lua e Saturno. Essa configuração revela um temperamento introspectivo e profundo, voltado para os mistérios da vida, com uma mente inquieta e investigativa.

Autodidata, Pessoa mergulhou nos estudos astrológicos com seriedade. Mantinha correspondência com editoras e astrólogos europeus, solicitando livros, tabelas e efemérides, além de debater técnicas avançadas. Seus cadernos revelam um domínio técnico impressionante. Em algumas páginas, ao estudar um planeta, escrevia no verso poemas ou reflexões inspiradas na simbologia do astro. Um exemplo notável é a série “Mar Portuguez”, onde compôs doze poemas dedicados aos signos do zodíaco.

Foram catalogados 318 mapas astrológicos desenhados por Pessoa, destinados a figuras públicas, artistas, filósofos, políticos e amigos. Seus manuscritos registram até os valores de suas consultas: o “mapa de experiência” custava 500 réis; o “completo”, 2.500 réis; e o “detalhado”, 5.000 réis. Um verdadeiro profissional da astrologia.

Outro fato fascinante é que Pessoa chegou a levantar o mapa astral de seus heterônimos. Curiosamente, em todos os mapas Mercúrio estava na casa 8, símbolo da escrita como ferramenta de transformação psíquica. A composição dos quatro mapas — o dele e o de seus três principais heterônimos — forma uma mandala simbólica: Pessoa com ascendente em Água, Caeiro em Fogo, Álvaro de Campos em Terra e Ricardo Reis em Ar. Elementos que, juntos, compõem o todo. Uma obra-prima astrológica.


A Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, preserva esse legado. Hoje é um museu aberto ao público, onde podemos ver os mapas dos heterônimos desenhados nas paredes e mergulhar na atmosfera que envolvia o poeta e astrólogo.

Fernando Pessoa é uma grande inspiração para todos nós que unimos arte e astrologia. Já pensou como seria uma consulta com ele? Quem sabe ele não lhe escreveria um poema junto com a interpretação?

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