O que é a Criança Interior
A ideia da criança interior vem de várias tradições da psicologia e da espiritualidade. Representa aquela parte de nós que guarda a espontaneidade, a sensibilidade, a alegria simples, mas também as dores, medos e carências que vivemos na infância. Quando ignoramos essa dimensão, é comum nos sentirmos inseguros, carentes ou frustrados. Ao contrário, quando acolhemos essa criança, aprendemos a cuidar de nós mesmos com mais ternura e consciência.
A meditação da criança interior é um exercício de reconexão com essa essência. Ela nos ajuda a acessar memórias, emoções e afetos, abrindo espaço para a cura emocional e o fortalecimento do amor-próprio. Mais do que uma técnica de relaxamento, é um convite para olhar para dentro e aprender a oferecer colo a si mesmo, desenvolvendo autossuficiência emocional.
Como a Meditação Funciona
Passo a Passo da Prática
1 - Preparação do ambienteSente-se ou deite-se com conforto. Reduza estímulos (celular no silencioso, luz suave). Se quiser, tenha por perto uma foto de infância ou um objeto que evoque lembranças boas. Defina a duração (10 a 15 minutos já são efetivos).
Feche os olhos e respire profundamente pelo nariz, alongando a expiração. Conte quatro tempos na inspiração e seis na expiração por alguns ciclos. Percorra o corpo com a atenção, relaxando mandíbula, ombros, peito e ventre.
Diga mentalmente: “Eu escolho acolher minha criança interior com respeito e ternura. Vou ouvir o que ela precisa.” Nomear a intenção organiza a experiência e estabelece limites saudáveis.
Permita que surja um cenário espontâneo: um jardim, um quarto, um corredor da escola, a casa da família. Observe cores, cheiros, sons. Não force a narrativa; apenas acompanhe o que aparece.
Deixe que a criança se revele com a idade que vier. Repare no rosto, no corpo, no humor. Aproximar-se com delicadeza é essencial: apresente-se como um adulto amigo, diga o nome pelo qual era chamado e peça permissão para estar ali.
Pergunte o que ela sente, do que precisa, o que a alegra e o que a assusta. Evite corrigir; apenas valide. Se vierem lembranças difíceis, mantenha a respiração longa e a postura acolhedora. Você está ali para testemunhar e proteger.
Ofereça o que for pedido: um abraço, uma brincadeira, um presente simbólico (um livro, um brinquedo, uma canção de ninar). Brinque alguns instantes. Se surgir um limite, coloque-o com gentileza: “Eu te protejo. Aqui é seguro.”
Diga algo simples e consistente: “Eu volto. Vou cuidar de você todos os dias um pouco.” Convide a criança a guardar no coração uma imagem-âncora (uma rosa, uma luz, um amuleto) que represente esse vínculo.
9 - Encerramento seguro
Agradeça, despeça-se e visualize a criança em um lugar protegido. Inspire profundamente, mova mãos e pés, abra os olhos devagar. Beba água. Se possível, anote brevemente o que aconteceu: emoções, frases, insights.
Pratique em momentos de frustração ou carência, mas também em dias tranquilos, para construir lastro. A repetição é o que gera autossuficiência emocional; não é milagre, é cultivo.
Observação importante: se aparecerem conteúdos traumáticos intensos (pânico, dissociação, memórias intrusivas), interrompa, retorne à respiração e procure acompanhamento terapêutico. A meditação é um suporte valioso, mas não substitui psicoterapia quando necessário.
Lindo!
ResponderExcluirFico feliz que gostou, Aline!!!!
ResponderExcluirbjossssssss
Minha criança interior lhe mandou um beijo Marcelo!
ResponderExcluirAstrid Annabelle
Astrid: minha criança lhe devolve um bjo estalado e um abraço, junto com um desenho de lápis de cor!!! :)))
ResponderExcluirbjosssssss
Boa noite...minha criança era muito feliz, porem, muito solitaria, mas sempre tinha um amigo imaginario a consolando...Adorei, vou fazer, depois te retorno o que senti ok? Abraços
ResponderExcluirSimone: isso, faça sim e depois me conte. Algo me diz que terá boas surpresas.
ResponderExcluirbjosssssss
Nossa, isso mexeu comigo...
ResponderExcluirDeu ate vontade de chorar. Tenho medo de trazer minha criança de volta e passar por tudo aquilo de novo. Pelo menos posso dar colo, o que ela nunca teve.
Será que consigo?
Beijos
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