UMBANDA DE AMOR - HOMENAGEM A MARIA PADILHA

Esta ilustração é minha homenagem a uma entidade muito querida: Maria Padilha. Em especial, dedico à Maria Padilha da Casa de São Lázaro, que conheci há alguns anos e por quem nutro grande admiração. Sua presença, desde o primeiro contato, foi marcante. Aos poucos, fui me aproximando da sua história e hoje agradeço por sua ajuda, seus conselhos e pelo carinho constante.

Cada vez mais, sinto o chamado de compartilhar informações sobre as entidades conhecidas como "de esquerda" – Pombogiras e Exus – e sobre a Umbanda de forma mais ampla. Ainda existe muito preconceito e confusão em torno da religião. Muitas vezes, Umbanda é equivocadamente associada a Candomblé, Quimbanda ou práticas negativas que nada têm a ver com sua verdadeira essência.

Na Umbanda de Amor, como costumo chamar, não há sacrifícios de animais nem magias para prejudicar ninguém. O foco é o oposto: promove-se a limpeza espiritual, o ensino, o acolhimento e a cura, sempre com o amparo amoroso de guias que atuam entre os planos. A conexão com outras dimensões se dá por meio dos médiuns, com ética, firmeza e respeito. E isso é o mais fascinante: a espiritualidade agindo diretamente na vida das pessoas.

Maria Padilha é uma figura marcante dentro dessa corrente. Bonita, sedutora, elegante, feminina e segura de si, atua especialmente em questões do coração. Consola os que sofrem por amor, traz conselhos sábios, desfaz demandas, atrai prosperidade, oferece proteção e favorece curas profundas.

É símbolo do poder feminino. Alegre, gosta de festas ritualísticas, de perfumes finos, flores, joias, cigarros e licores suaves. Sua vibração é intensa, magnética, e sua presença costuma ser inconfundível nos terreiros onde atua.

A falange de Maria Padilha é vasta, composta por muitas entidades que compartilham seu magnetismo, sua força e sua missão. Costumam atuar em questões amorosas e materiais, sempre com firmeza e verdade. São entidades extremamente carismáticas, com legiões de devotos que as procuram em busca de orientação e transformação.

Muitos dos espíritos que se alinham à falange de Padilha viveram entre os séculos XIV e XIX, muitas vezes como nobres, cortesãs, mulheres que exerciam poder e influência nos bastidores da política e da sociedade. É por isso que encontramos diversas Marias Padilhas – arquétipos do feminino forte, livre, sedutor e estrategista.

Saravá a todas as Marias da falange de Padilha! Que sua luz continue iluminando caminhos, despertando consciência e curando corações.