A origem da astrologia é mais antiga do que conseguimos mapear com precisão. Há sinais de que a relação entre céu e comportamento humano acompanha a humanidade desde a pré-história. Em sítios arqueológicos na Índia, foram encontrados ossos com marcas e inscrições que lembram anotações astronômicas. A datação aponta mais de 20 mil anos. Não há consenso acadêmico de que esses registros sejam astrológicos, mas mostram que nossos ancestrais observavam padrões celestes muito antes da escrita.
O que é documentado
Mesopotâmia, Babilônia e o nascimento da astrologia organizada
A astrologia como sistema estruturado surge na Mesopotâmia, por volta de 3.000 a 2.000 a.C.. Povos da Babilônia, Suméria, Acádia, Assíria e Caldeia observaram por séculos o movimento dos astros, registraram eclipses, acompanharam a repetição dos ciclos e começaram a relacioná-los com eventos na Terra.
É nesse período que aparecem:
- listas sistemáticas de presságios;
- registros lunares e solares;
- tabelas planetárias;
- o embrião da prática interpretativa.
Os caldeus eram conhecidos como astrólogos-sacerdotes, especialistas no céu. A geografia da região, de grandes planícies e horizontes amplos, favorecia a observação contínua. Chamavam a faixa por onde transitam o Sol e a Lua de Caminho de Anu, o deus do céu. Aqui começam os primeiros traços do que depois seria chamado de zodíaco.
A herança grega
Hiparco, geometria e a estrutura moderna
A partir do século VI a.C., o mundo grego absorve conhecimento mesopotâmico e o reorganiza. Surge a ideia dos quatro elementos, o conceito de harmonia cósmica, a associação entre planetas e deuses.
Aqui entra Hiparco, um dos grandes nomes da história da astronomia. Nascido em Niceia, ativo em Alexandria, ele:
- aperfeiçoou a divisão da circunferência em 360 graus;
- calculou com precisão a duração do ano;
- descobriu a precessão dos equinócios;
- elaborou catálogos estelares;
- desenvolveu ferramentas como o astrolábio;
- criou sistemas de latitude e longitude.
Ascendente, Casas e o refinamento da leitura individual
Por volta do século I a.C., astrólogos gregos começam a incluir o Ascendente — o signo que nascia no horizonte no momento do nascimento. A partir dele, dividem o céu em doze casas, criando um sistema interpretativo mais pessoal e sofisticado. Esse modelo é a base do mapa astrológico moderno.
Nessa mesma época, a astrologia penetra Roma. Imperadores como Tibério e Augusto consultavam astrólogos. Moedas chegaram a ser cunhadas com signos do zodíaco, espalhando o imaginário astrológico pelo império.
A virada histórica
Império, Igreja e o declínio do conhecimento antigo
Com a queda de Roma e a ascensão da Igreja, a astrologia passou a ser vista com ambivalência. Em alguns períodos foi tolerada; em outros, condenada. Aos poucos, o conhecimento astrológico greco-romano perdeu espaço até quase desaparecer no Ocidente, sobrevivendo graças a traduções árabes e persas na Idade Média.
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