Os Estágios da Meditação: Uma Jornada para o Espírito

A prática da meditação pode ser compreendida como uma escada sutil que nos conduz, passo a passo, rumo à consciência espiritual mais elevada. Com o tempo e a prática sincera, esse caminho nos leva até a luz do eterno. No livro Não Temas o Mal, canalizado por Eva Pierrakos, encontramos uma explicação clara e profunda sobre os estágios dessa jornada interior. A seguir, compartilho essa visão, acompanhada de breves reflexões.

1. Perceber o ruído da mente

No início, a meditação revela o quanto nossa mente é ruidosa. Esse é um estágio essencial, pois não podemos silenciar aquilo que ainda não reconhecemos. O simples ato de observar os pensamentos já é um passo rumo ao autodomínio.

2. Encontrar o vazio

Com a continuidade da prática, a mente começa a aquietar-se. Surge o “vazio”, um estado de silêncio profundo e receptivo. Não é uma ausência de vida, mas um espaço fértil — um campo aberto à espiritualidade.

3. Reconhecimento do Eu Inferior

Nesse ponto, surgem compreensões inesperadas. Começamos a enxergar padrões internos, bloqueios, crenças limitantes, atitudes repetitivas — partes do Eu Inferior que antes estavam no inconsciente. Esse reconhecimento é, na verdade, fruto da orientação do Eu Superior.

4. Abertura do canal espiritual

A orientação espiritual começa a se manifestar mais claramente. Podemos ouvir mensagens internas, conselhos, inspirações — às vezes na forma de pensamentos, outras vezes como uma voz interna. Ainda é um contato sutil, mediado pela mente, mas cheio de significado.

5. Experiência direta com o Espírito

Aqui a meditação se transforma em epifania. Não é mais apenas mental — o ser inteiro é tomado pela presença espiritual. Trata-se de um saber que não vem de fora nem se explica com palavras. É como se o Espírito Santo habitasse cada célula.

Este estágio inclui visões, percepções de outras dimensões, sensações de unidade com o Todo. É um estado de expansão real, ainda que efêmero, que transforma profundamente o meditante.

O vazio como porta espiritual

O “vazio focalizado”, como descreve Eva Pierrakos, é o estado ideal para que o Espírito Santo se manifeste. Não é ausência, é plenitude invisível. É nesse silêncio interior que a verdadeira presença divina pode se revelar.

Essa plenitude não se descreve — apenas se experimenta.

A armadilha das expectativas

Um alerta fundamental: a meditação não deve ser praticada com expectativas. Esperar por resultados imediatos gera tensão, frustração e bloqueio. A jornada é longa, às vezes atravessa encarnações, e deve ser trilhada com humildade, entrega e confiança. Expectativas nos tiram do momento presente. A alma, para florescer, precisa de paciência e espaço.

Reflexão final

Esse texto é uma adaptação de trechos do livro Não Temas o Mal, canalizado por Eva Pierrakos. Mesmo para quem está distante desses estados mais elevados, a leitura inspira, aprofunda e orienta. A prática constante da meditação é, por si só, uma forma de transformação. Que cada um encontre seu ritmo, sem pressa e sem cobrança, abrindo espaço interno para algo maior.

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