Afinal, Qual o Sentido da Vida?

Esse texto foi publicado aqui no blog em 2011, inspirado no Manual para a Terra com vistas ao Processo de Transição Planetária, de Ricardo Luiz De Bom Maria. Hoje, 14 anos depois, sinto que ainda ressoa profundamente, mas merece novas camadas de reflexão. Afinal, a pergunta “Qual o sentido da vida?” não se esgota: ela se renova a cada tempo, a cada crise, a cada conquista. Segue o trecho original, depois vou comentar:

Estamos aqui, mas por quê?

"Sem amar o que de mais precioso e rico existe no Universo, de nada adianta os mais profundos e complexos conhecimentos acerca dos processos físicos-químicos-espirituais: estamos nos referindo a VIDA. Essa palavrinha pequena, de apenas quatro letras, mas que na sua essência traz a razão do SER e do EXISTIR.

Aquele que se coloca frente a esta questão – o que é a VIDA? - e procura respondê-la a partir do seu íntimo, de sua ESSÊNCIA ESPIRITUAL, e não de conhecimentos incompletos externos; terá a oportunidade de se harmonizar com o PRINCIPIO CÓSMICO DA EXISTÊNCIA SUPREMA. Estamos aqui, nós e vocês. Mas por quê? Para que? Sentir a VIDA, amar a VIDA. Esse é o primeiro portal a ser ABERTO e TRANSPOSTO pelo Ser caminhante. AMAR A VIDA. Aquele que ama a vida, de dentro para fora, do seu íntimo para o externo, que a cada dia que passa o AMOR brota do seu interior, simplesmente porque ele está a viver, este Ser está realmente apto a prosseguir em sua jornada pessoal.

Amar a vida é o PRINCÍPIO. Se a vida, se viver lhe é um peso, um incômodo, PARE! É hora de você REVER alguns pontos em sua vida pessoal e familiar. A vida por si, é agradável e gostosa de ser experimentada. Somos nós, pelas nossas atitudes que a complicamos e a tornamos tão hostil. Não torne a sua experiência no CORPO FÍSICO, algo desagradável. SINTA e AME. AME e SINTA. O QUÊ? A VIDA! Não há nada de mais importante, do que SENTIR e AMAR a VIDA. Isso é um exercício diário, que o Ser deve realizar sem falta, dia após dia. O universo é VIDA. Sentir e amar a vida, é simplesmente, SENTIR E AMAR TUDO E O TODO.

O caminho está na SIMPLICIDADE e na doação. Aquele que assim se coloca, logo abre os portais e observa o caminho repleto de Luz a ser seguido. Tudo que se opõe a isso, é contrário a Luz e portanto deve ser OBSERVADO e REVISTO com muito cuidado e atenção. Não há o que complicar. Apenas siga a intuição e tudo estará resolvido."

Amar a vida: mais que um princípio, uma escolha diária

De 2011 até hoje, muita coisa aconteceu. O mundo mudou, crises globais se intensificaram, tivemos a pandemia, a tecnologia avançou a passos largos e novos desafios se impuseram. Mas a pergunta essencial permanece: qual é o sentido da vida? E a resposta segue ecoando no mesmo ponto: amar a vida.

Amar a vida não significa apenas desfrutar do que é belo, fácil ou prazeroso. É também acolher as dificuldades, reconhecer os limites e aceitar as perdas como partes de uma jornada de crescimento e expansão. Só assim esse amor deixa de ser idealização e se torna prática espiritual concreta — uma escolha diária, que pede presença e consciência.

As tradições espirituais sempre lembraram que vivemos em sintonia com Leis Universais — princípios que regem não apenas a matéria, mas também os movimentos da alma. Quando caminhamos em alinhamento com essas leis, conseguimos perceber o fio condutor por trás das aparentes contradições. Amar a vida, nesse sentido, é confiar que existe um plano, um projeto maior, mesmo quando nossa visão imediata só enxerga fragmentos.

Uma visão maior

Esse amor à vida pede fé, mas não uma fé cega. É uma confiança lúcida: aceitar que cada experiência, cada encontro, cada obstáculo faz parte de um processo mais amplo, que nos convida a expandir a consciência. O sentido da vida, portanto, não se reduz a uma resposta única e fechada. Ele se revela no ato de viver cada instante com presença, sabendo que fazemos parte de uma obra coletiva, de algo que nos transcende e que, ao mesmo tempo, pulsa dentro de nós.

Conclusão

Amar a vida é acreditar que não estamos aqui por acaso. É reconhecer que cada alegria e cada dor fazem parte de um mesmo tecido maior, um fluxo que nos conduz para além do que conseguimos ver. Há um projeto cósmico em andamento — e nós somos parte dele. O desafio é escolher, todos os dias, viver em sintonia com esse movimento, cultivando confiança, presença e amor.

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