domingo, 19 de junho de 2011

AS GRANDES ERAS DA HUMANIDADE


Por duas vezes no ano (uma na primavera e outra no outono), o dia e a noite tem períodos iguais. Nesse momento, o Sol está num ponto da eclíptica em que o ângulo com o equador celeste é de 23,5 graus. Ambos os planos se cruzam num ponto e dão origem aos fenômenos chamados “equinócio de outono” - 0 graus de Áries) e “equinócio de primavera” – 0 graus de Libra (para nós do hemisfério sul).

Duas vezes por ano também, o Sol cruza o plano do equador terrestre. Esses dois pontos movimentam-se na eclíptica, lentamente, de encontro ao Sol. Para esse ponto dar uma volta completa no zodíaco, leva 25,920 anos. Esse movimento é chamado de “precessão dos equinócios”, que já era conhecido desde a antiguidade.

Se dividirmos 25,920 por 12 (30 graus para cada signo zodiacal), temos um período de 2.160 anos em que esse ponto permanece no mesmo signo. A cada 72 anos, esse ponto se desloca em um grau. Esses períodos de 2.160 podem ser vistos como um grande relógio que divide a história da humanidade em grandes eras. Rudolf Steiner (fundador da Antroposofia), denomina esses períodos como “épocas culturais”.

A cada época, uma onda cultural atinge a humanidade. Uma nova mentalidade é entregue ao mundo. Os povos antigos sabiam que seus impulsos eram norteados por uma determinada região no céu e seus cultos religiosos eram dirigidos a essas energias originais.

A catástrofe atlântica ocorreu por volta de 10.000 A.C., no início da grande era de Leão e marcou um novo ciclo de épocas culturais: a era pós-atlântica.

Segundo as pesquisas de Steiner, a primeira dessas épocas culturais ocorreu na região que hoje conhecemos como Índia, é a antiga cultura hindu. Entre 8.000 e 6.000 a.C., o equinócio da primavera se encontrava em Câncer. Não temos resquícios da cultura que desabrochou nessa época, apenas lembranças que mais tarde foram transcritas sob a forma de cânticos – os VEDAS, que cantam a saudade do mundo espiritual.

Com o ponto do equinócio da primavera avançando para a constelação de Gêmeos, entre 6.000 e 4.000 a.C., um outro povo entra para a história: os persas. A cultura persa antiga também não deixou resquícios históricos, somente memórias dessa época: os cânticos do AVESTA.

Na terceira época cultural, o Sol avança com o equinócio da primavera pra a constelação de Touro. As culturas da Babilônia e do Egito entram em especial contato com as novas forças celestes. Entre 4.000 e 2.000 a.C. surge uma ligação mais profunda com a Terra, com o mundo sensorial e com a morte. O símbolo do Egito era o Sol com os chifres do Touro.

A cultura seguinte é a greco-romana, o “ponteiro” celeste estava em Áries. A cultura grega e a Israelita são marcadas pela imagem do Carneiro. Os gregos encarnam-se profundamente com seu ente espiritual em seu corpo, o que os auxilia muito na maravilhosa criação das esculturas. O povo israelita também desenvolveu as forças de Carneiro. Os líderes judaicos conduziam seu povo da mesma forma como suas ovelhas. A força divina inspiradora atuava sobre toda a tribo, mas gradativamente foi sendo perdida.

Com a vinda de Jesus Cristo, a força divina passou a atuar no nível individual. Iniciou-se o processo de “individuação”, como diz C.G. Jung. Em lugar do sacrifício, foi instituído o sacramento da comunhão, em que o pão e o vinho representam o Cristo sacrificando-se a si mesmo. Nas catacumbas, uma das representações do Cristo era o Peixe. É quando, apesar das forças de declínio físico da humanidade, novas forças espirituais devem desenvolver-se.


Estamos em plena transição. Na época seguinte vivenciaremos Aquário, quando o ser humano desenvolverá um novo membro supra-sensível: o “espírito vital”, ou “budhi”. Cristo continuará a ser a força propulsora do desenvolvimento, pois estará conosco até o fim dos tempos.

A cada momento, como vimos, a qualidade do movimento solar é diferente. Existem transições, modificações. Um constante contrabalançar do cosmo, metamorfoses que podem valer como reflexos para as comunidades terrestres e podem nos fazer entender melhor o que temos e podemos desenvolver dentro de nós, em nossa própria época.

(Este é um breve resumo do capítulo “O Zodíaco e as Diversas Eras Culturais”, parte do livro AS FORÇAS ZODIACAIS, de Gudrun BurkhardEd. Antroposófica.)

Boa semana a todos, sejamos felizes!

9 comentários:

Anônimo disse...

Caro Marcelo

Muito interessante e valioso este seu trabalho que bem merece grande divulgação.
Gostaria, no entanto, de fazer uma pequena correcção : a cultura persa que você diz que não deixou resquícios históricos, deixou a cultura / religião parsee que hoje em dia não deverá ter mais de 100.000 seguidores e que habitam principalmente em Mumbai (ex-Bombaim) onde aliás são muito conhecidas as "torres de silêncio" em cujo topo são depositados os cadáveres dos seus membros - culto dos mortos.
Parabéns pelo seu Blog e muito obrigado.

Tina disse...

Gostei muita da sua postagem querido amigo...paz e luz!
saudades
beijos

William Garibaldi disse...

Depois volto pra ler o texto!
Voto Validado no Top Blog meu amigo!
AXÉEE!!

Unknown disse...

Meu caro Marcelo,

Para já, lindo texto e necessário para o entendimento mínimo das pessoas, que simplesmente adoram participar em eventos chamados de solstícios de Verão. Em diferentes épocas nos nossos hemisférios. Tudo é pretexto e nos ambientes chamados «espirituais» então é um ver se te avias, com uma infinidade de reuniõezinhas à toa, que no fundo, vale sempre a pena porque se come umas comidinhas saborosas e muitos terminam o dia fazendo sexo, o que também é bom.

Mas, o que me traz aqui hoje é esta frase do autor do texto do seu post:

«o Sol está num ponto da eclíptica em que o ângulo com o equador celeste é de 23,5 graus».

Como isso se festeja aqui no planeta Terra, no dia 21 Junho,no Hemisfério Norte, noto que ninguém está a ter em conta (e nem se vão preocupar cientificamente com isso) que o eixo do nosso planeta deslocou-se bastante, devido ao sismo-tsunami na Ásia (29-12-2004) e recentemente com o sismo-tsunami no Japão (2011).

Na verdade o solstício passou para 22 Junho. Claro que são «ninharias» cósmicas.

Abraço.

MARCELO DALLA disse...

Ana: AMO história e astrologia, portanto, esse assunto me fascina!!! :))) Paz e Luz pra vc tb, querida.

William: gratíssimo pelo voto, queridão!

Antônio: Adorei saber dessas "ninharias cósmicas"... quando nos encontrarmos sei que vamos conversar muito sobre tudo isso.

Bjos e abraços

José Silva disse...

Eu gosto de observar e se olhar-mos para o mundo dando-lhe a atenção devida,notamos que já entramos numa nova era,que não será das melhores do ciclo,que é a era da Babilónia(confusão).Eu notei que algo de grave tinha acontecido com a Terra,e imaginei na altura uma coisa do género,"deslocação".Foi através do pôr do sol,que já não se punha no mesmo sitio como habitualmente.Esta diferença,muito contribui para a dita confusão.O incrivél,é eu comentar na altura,isto com várias pessoas e ninguém se ter apercebido.

Astrid Annabelle disse...

Não havia visto ainda Marcelo..estava em Portugal no tempo da publicação deste post.
Muito interessante...também adorei as "ninharias cósmicas".
Beijos
Astrid Annabelle

Unknown disse...

Olá Marcelo. Em meio à efervescência de textos que tenho lido nos últimos tempos cheguei ao seu blog. Resolvi fazer aqui um apontamento ao ler esse resumo em função de um documentário que vi que faz referências astrológicas da Bíblia:
Em Mateus, 28:20, Jesus diz:"- Eu estarei convosco até o final dos tempos". Destaca-se que o termo "tempo" está mal traduzida, e que no original, o termo correto é AEON, que significa ERA. Então Jesus, como personificação solar da era de Peixes,irá "acabar" com a entrada do sol na era de Aquário.
E ainda, em Lucas 22:10, quando Jesus é questionado se a próxima passagem será depois que ele se for, Ele responde: "- Eis que quando entrardes na cidade encontrareis um homem levando um cântaro. Segui o até a casa onde ele entrar.". Esses dizeres seriam uma alegoria astrológica em que Jesus anuncia a chegada de uma nova era. O homem com o cântaro representa o símbolo de Aquário.
Parabéns pelo blog. Gratidão.
Walter

Unknown disse...

Olá Marcelo. Seus textos estão me ajudando muito a entender o que está acontecendo comigo. Antes de notar um diferença no mundo eu senti algo inquietante dentro de mim. Seu blog acabou virando rotina em minha vida. Muito obrigada. E a título de curiosidade gostaria de saber qual o símbolo da era de Aquário , visto que todas as eras tiveram seus respectivos símbolos.
Gratidão e luz
Carol

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