Como Me Tornei Astrólogo – Uma Jornada de Propósito e Transformação

Quero compartilhar como comecei a trilhar o caminho da astrologia. Como dizia Carlos Castañeda: “O mundo que nos cerca é oracular: fatos concretos confirmam ou advertem.” E foi justamente assim — cercado por sincronicidades e sinais inesperados — que fui conduzido a esse ofício de alma.

Desde jovem, a astrologia já me despertava curiosidade. Nos tempos de cursinho e faculdade, aprendi a calcular e desenhar mapas astrológicos por conta própria. Estudava de forma informal, por puro encantamento, e arriscava algumas leituras para colegas. Mas meu conhecimento ainda era raso. Enquanto cursava Comunicação na USP, esse interesse adormeceu por um tempo. Até que, após uma crise profissional em 2003, algo se reacendeu. Buscando novas respostas, mergulhei no estudo da astrologia de maneira mais profunda, frequentando o curso da astróloga Débora Mattos na antiga Clínica Antroposófica Sapientum.

Uma proposta inesperada

Além da astrologia, eu me dedicava a práticas de cura e autoconhecimento — Reiki, Florais, Magnified Healing. Estava em um momento de realinhamento interior. Foi então que, em maio de 2006, recebi uma ligação que mudaria tudo. Era o jornalista Fábio Santos, ex-colega da USP, que eu não via há anos. Ele me contou que seria o novo diretor de redação do jornal Destak, prestes a ser lançado em São Paulo, e foi direto ao ponto:

— “Você gostaria de assinar a coluna de horóscopo?”

Fiquei surpreso. Ele se lembrava dos tempos em que eu fazia mapas na faculdade — lembrança da qual eu mal me recordava — e explicou que buscava uma abordagem leve, clara e contemporânea. Disse que meu texto tinha esse estilo, e que eu poderia estabelecer um novo tom de comunicação com o público leitor.

Uma escolha com propósito

Não me sentia pronto. Pedi um tempo para pensar. Liguei imediatamente para uma grande amiga em busca de conselho — ela era médica na clínica que eu frequentava, geminiana como eu. Sua resposta foi direta e certeira:

— “Você vai perder a chance de dizer coisas boas para um grande número de pessoas? Essa é sua missão!”

A pergunta reverberou fundo. Fiquei pensando no real sentido de escrever horóscopos. Entendi que, no mínimo, um texto astrológico pode — e deve — oferecer estímulo, consciência e positividade. Mesmo em poucas palavras, e dentro do possível, ele pode inspirar o leitor a refletir sobre a vida, ampliar a visão, cultivar esperança e encontrar caminhos para lidar com os desafios do dia a dia.

O mergulho definitivo

Depois disso, aceitei o convite — e mergulhei de vez na astrologia. Comprei novos livros, passei a observar o céu diariamente. Era 2006. Eu ainda não tinha blog, nem Facebook. Comecei escrevendo e-mails com boletins astrológicos para amigos, sempre que identificava alguma configuração celeste especial.

Em uma dessas ocasiões, sugeri um café da manhã com um pequeno ritual para ativar energias de prosperidade e abundância. Afinal, no fundo, é isso que todos buscamos: viver com mais sentido, alegria e realização.

O segundo grande sinal do Universo

Preparei um e-mail com uma pequena análise astrológica daquele momento e uma sugestão de ritual. Enviei para alguns amigos. E eis que a mensagem foi parar na produção da Ana Maria Braga. Ela realizou o ritual ao vivo em seu programa na TV Globo, o Mais Você, no dia 11 de outubro de 2006. Minha irmã assistiu e me ligou, empolgada:

— “A Ana Maria Braga falou de você hoje no programa!”

Imaginem a minha surpresa.

Na semana seguinte, telefonei para a produção, apenas com a intenção de agradecer e deixar meus contatos. E então veio mais uma sincronicidade: quem atendeu foi outra ex-colega da faculdade, que eu também não via há anos. Ela estava trabalhando na produção do programa e foi extremamente receptiva. Me apresentou à chefe de pauta e, no dia seguinte — 17 de outubro de 2006 — lá estava eu, literalmente “caindo de paraquedas” no palco do Mais Você, ao vivo, falando sobre astrologia e a Era de Aquário.

Até então, eu atendia consultas apenas do meu círculo íntimo, estava astrologia e me dedicava a escrevia a coluna. Mas a partir daquele momento, comecei a receber ligações de todos os cantos do Brasil. Pessoas que haviam me visto na televisão queriam marcar horário, fazer perguntas, buscar direcionamento.

Um caminho que continua a se desdobrar

De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Em 2008, criei este blog, que em seu auge chegou a registrar mais de 150 mil visitas por dia. Através dele, conheci o astrólogo português António Rosa e seu blog Cova do Urso, que se tornou uma referência importante para mim — e o início de uma grande amizade. Aos poucos, conquistei também um público fiel em Portugal, país que passei a visitar com frequência para ministrar cursos e realizar atendimentos.

Em 2007, conheci a Umbanda quando fui na Casa de Sâo Lázaro e passei a me aprofundar na abordagem da Astrologia Cármica, uma vertente que se tornou essencial no meu trabalho. Também comecei a viajar pelo Brasil com o mesmo propósito: dei aulas, ofereci palestras e atendi em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e vários municípios do interior. A astrologia, ali, deixava de ser apenas um ofício e se tornava, definitivamente, o meu caminho de vida.

Em 2012, fui convidado a assinar a coluna de horóscopo do Portal UOL, o que ampliou ainda mais meu alcance e reconhecimento nacional. Escrevi por lá até 2018, ano em que lancei a primeira turma do meu curso de formação em astrologia. Desde então, já formei diversas turmas — e hoje estou com a sétima edição em andamento.

Contei tudo isso para mostrar como a Suprema Inteligência do Universo se encarrega de nos conduzir. Às vezes, as respostas simplesmente caem no nosso colo. Como é que ainda tem gente que não acredita na orquestração mágica e precisa da vida? Bem... tirem vocês suas próprias conclusões.

Hoje, quase 20 anos depois, sei que me tornei astrólogo não apenas por formação ou escolha profissional, mas por vocação de alma. A astrologia me escolheu tanto quanto eu a escolhi. Ela se tornou uma lente para enxergar a vida com mais significado, uma ponte entre o céu e a terra — e, sobretudo, uma ferramenta de cura e autoconhecimento.

Conheça meu livro sobre Quíron

Este ano, lancei meu livro Quíron – A Ponte entre o Céu e a Terra, publicado pela Editora Alfabeto, com noite de autógrafos na Livraria da Vila, em São Paulo. Nesse tempo, realizei milhares de atendimentos, escrevi artigos, desenvolvi o Relatório Astrológico Vocacional e aprofundei minha abordagem na astrologia cármica e esotérica. Mas continuo aprendendo. Continuo observando os ciclos celestes — e me transformando junto com eles.

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